terça-feira, 11 de dezembro de 2012

MEIO A MEIO

Odeio sentir as coisas assim, meio a meio
Meio amor, meio desespero
Meio sonho, meio desassossego
Meio tristeza, meio confusão
Queria desmisturar este caos daqui de dentro
Tomar tento, criar juízo
Parar de idealizar o paraíso em alguém
Meio coração, meio razão
Deixando tudo ficar pela metade
Remorso, tentação
Pensar numa canção, mas tentar esconde-la depois
Queria beijar o sol até sentir queimar meus lábios
Para que eles não jurem mais amor a ninguém
Sigo meio eu, meio abrigo
Um pensamento proibido em meio a uma bagunça de planos
Uma muralha que desaba em mim
Com cheiro de vontade de coisa nova
Saber que amor não se prova
Mais querer tirar a prova de alguém
Pensar naquilo que não aconteceu
Chorar pela morte de Romeu
Mas não ter coragem de ser a Julieta que vai junto
Lembrar daquela silueta
Do rosto queimado pela timidez
Meio vermelho, meio sinceridade
Corrompendo-se pela vaidade
Odeio me sentir assim, meio a meio
Me parece que pelo receio
A história não passa mesmo da metade / vontade

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