domingo, 21 de março de 2010

Borboleta? Baleia? Areia?

É... o dia fatídico chegou. Até que não tardou muito e acabou por me pegar de surpresa. Sinto meu coração gelado até agora do vazio. Aquela tal da borboleta azul que eu sonhava em ver algum dia foi embora para sempre e nem vermelha, nem roxa, muito menos azul a verei. É como se arrancassem um braço ou uma mão, como se raspassem minha cabeça e rasgassem em dez mil pedacinhos a auto-estima que a vaidade pelos cabelos traziam. Pó somente e o pó me fez escrever...
Escrevo agora do vazio, do frio, o inverso do que um dia escrevi à respeito da minha felicidade. Agora escrevo tristeza, mas peço que não desmereçam, pois também é um sentimento nobre que nos faz perceber que somos humanos, somente humanos.
Eu sempre pensei ter o controle das coisas, mas hoje vejo que as coisas é quem tem controle sobre mim.
Engraçado que eu sempre pensei que eu fosse aquele em busca do canto da baleia e hoje vejo que na verdade eu sou aquela que chora na areia da praia.
Engraçado descobrir que o Rei não era rei de verdade e que o homenzinho não devolveu mesmo o meu pente... Ele deve estar rindo e zombando de mim até agora de ver meus cabelos embaraçados.
A vida é engraçada, nos prega peças... E justo agora que eu estava mesmo acreditando nela. O tombo foi maior do que eu pensei que fosse ser.
Eu sei que um dia tudo isso vai passar e o que eu escrevo agora não passarão de letras e letras sem importância, porém até passar eu deposito aqui, toda a minha esperança. Não a esperança de um dia ter o que hoje já não tenho mais, mas a esperança de algum dia poder voltar a acreditar nas anedotas da vida...
Dou-me o direito de nesta postagem não colocar imagem alguma que possa tentar ilustrar o que aqui escrevo, pois escrevo o vazio e nele esta postagem permanecerá.

Beijos à você que ri ou chora com as tais das anedotas da vida!