quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Essa máquina chamada "Gente"

;)

Teve uma vez que me disseram que eu era feminista... Concordo, sou mesmo e me orgulho disso. Mas parei um pouco pra pensar sobre o que me disseram e percebi que na verdade eu sou contra qualquer tipo de injustiça.
Se tem uma coisa que eu não suporto nesta vida é ver uma pessoa ser menosprezada por outra pela sua cor, pela sua crença, pela sua classe social, pelo seu sexo, pela sua escolha sexual, pelos seus gostos... Viro bicho, mesmo que seja só por dentro.
Eu odeio quando alguém acha que o que ela faz é que é o certo e que todos os outros que pensam, vivem ou são diferentes são menos capazes ou possuem menos direito de serem felizes ou de exercerem seus direitos de cidadãos.
Quantas vezes já não ouvi que “mulher só quer roubar o dinheiro do homem” ou “fica esperto com aquele escurinho do outro lado da rua” ou “aquela é má influência por que ela namora meninas”... Nestas horas eu só consigo pensar o quanto o menosprezador é bem menor que o mesnosprezado porque não consegue se libertar do cabestro que parte da sociedade por vezes coloca, não consegue viver, não consegue se relacionar verdadeiramente com as outras pessoas.
O ser humano é incrível se olhado de perto. Ele não cabe num rótulo, não vem com bula ou manual de instruções e estar aberto ao conhecimento é a única forma de deixar-se humanizar de verdade.
Às vezes parecemos robôs programados com softwares quadrados, destinados a um objetivo X que não fará nada além do planejado simplesmente por que não nos permitimos.
Poxa, quantas vezes vi injustiças calada? Dá náusea lembrar... Me envergonho disso porque também sei que de alguma forma faço parte deste ciclo injusto que é a convivência humana. Quantas vezes não fui realmente sincera com o outro ou com meus próprios pensamentos? Foram inúmeras e estúpidas vezes...
Eu acho piégas aqueles discursos que batem na tecla do “somos todos iguais etc e tal”, mas de fato esta é uma verdade. O que faz uma pessoa achar que possui o direito de passar por cima da outra, de tirar proveito da situação, de se achar superior?
A realidade é que cada pessoa é feita de detalhes muito particulares. Detalhes estes capazes de encantar a qualquer um que puder enxergar de perto. Eu admiro estas características tão peculiares que habitam o eu das pessoas, por que são elas que me fazem ver a magia de ter vida. O jeito como franzem a testa ao sentirem os olhos doerem com a força da luz do sol ou o modo como se encolhem no frio ou ver os variados tipos, tamanhos e cores de cabelos dançando a música do vento... O ser humano é isso: É um conjunto de variadas e encantadores miudezas. É como diz aquela música de nosso Caetano: “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.
Sendo assim, aprenda a se deliciar com o outro também, antes que seja tarde!

domingo, 27 de janeiro de 2013

SAUDADE de quê mesmo?


Eu tenho saudade de uma vida que eu nem vivi
Saudade de momentos que só aconteceram dentro de mim
Eu tenho vontade de fazer aquilo que nunca cheguei e nem vou chegar a fazer
De pessoas com as quais eu nunca estarei
Eu tenho saudade de ser aquela que eu nunca fui
De reviver o que só foi sonhado...
Eu juro que eu não entendi
Não consegui entender
E mesmo assim ainda me pego querendo
Sinto saudade do beijo que nunca foi de verdade
Sinto saudade dos corpos que não se encontraram por vaidade
Eu tento fingir que nada importa pra mim
Mas eu não sei o que acontece...
Diante de um não eu deveria esquecer
Mas se isto não é possivel qual a força deste sentimento então?
Eu juro que estou tentando, mas é que eu pensei que fosse ser bem mais fácil
Saudade de ter o que eu nunca tive
Saudade do que eu não sei o que é...

domingo, 20 de janeiro de 2013

Romântica Descompensada

Eu olho para ele dormindo e penso “é meu”, mesmo que não seja tanto assim. Dorme com uma tranquilidade que parece um anjo tatuado e de sono pesado. Me dá vontade de ficar olhando e imaginando o que ele sonha que lhe traz tanta leveza. Me contento em apenas assistí-lo e se isso não for amor, entao eu não sei.
Eu sei que sou uma romântica descompensada, pois eu sou sempre a favor do amor. Tento lutar contra isso às vezes, sei que preciso pensar mais em mim, mas quando vejo cenas assim é que me encontro de verdade...
Eu sou mesmo uma romântica descompesada! Gosto das flores, dos poemas, das demonstrações públicas de afeto, mas gosto mais quando me vejo abraçada a ele assistindo um filme ou almoçando ao seu lado num dia qualquer.
Eu sei que a vida dá voltas e que as coisas podem não ser para sempre. Também sei que amores vem e vão, mas estarei sempre a procura dele.
Se encontro o amor quando o olho dormindo abraçado ao travesseiro, deixando o cheiro que provavelmente eu vou querer sentir mais tarde, se encontro o amor em seus abraços, beijos, ao sentir sua pele em contato com a minha, entao é ao seu lado que quero ficar. Mesmo que não seja pra sempre. Mesmo que o meu romantismo descompensado acabe, a trilha sonora risque e o perfume das rosas desapareça. Mesmo que eu perceba que a vida não é um filme e estar ao seu lado não é um conto de fadas, que mais cedo ou mais tarde a gente vai brigar, e nos entender e brigar de novo... mesmo assim eu sou muito, muito, muito a favor do amor!

domingo, 13 de janeiro de 2013

MiNhA sAnIdAdE cOvArDe

Experimento o pranto do meu canto
Sorrio com o choro que me guio
Acordo com o sacode que me acode
Permito com o zelo em que acredito
Assusto com a lingua que me mingua
Cativo com o beijo sugestivo
Insulto com a espada que eu luto
Trovejo da maneira que te vejo





Habito essa tristeza na incerteza
Que existe em mim
Pimenta nos meus olhos
Não refresca tanto assim
Eu preciso mais
Não tem tanto faz
Te quero sim


Percebo sua presença na ausencia
A chuva traz seu cheiro por inteiro
Seu nome aparece na minha prece
O filme no cinema é um problema
Até Dona Jurema me condena
A minha sanidade é covarde
A cura desse sonho tão tristonho
É sentir sua pele me pedir


Habito essa tristeza na incerteza
Que existe em mim
Pimenta nos meus olhos
Não refresca tanto assim
Eu preciso mais
Não tem tanto faz
Te quero sim